Amaldiçoar significa desejar o mal a uma pessoa, lugar ou
coisa.
Uma maldição frequente na boca dos que têm pouco respeito
pelo nome de Deus é “Deus te amaldiçoe”, que é a mesma coisa que dizer “Deus te
mande para o inferno”. É evidente que uma maldição desse estilo seria pecado
mortal se fosse proferida a sério. Pedir a Deus que condene uma alma que Ele
criou e pela qual Cristo morreu, é ato grave de desonra a Deus, ao nosso Pai
infinitamente misericordioso. É também um pecado grave contra a caridade, que
nos obriga a desejar e a pedir a salvação de todas as almas, não a sua
condenação eterna.
Normalmente, uma maldição assim surge da ira, da impaciência
ou do ódio, e não a sangue-frio; quem a profere não o faz sério. Se não fossem
assim, seria pecado mortal, mesmo com a desculpa da ira. Ao considerar os
abusos para com o nome de Deus, convém, pois, ter presente que, mais do que as
palavras ditas, o pecado real é o ódio, a ira ou a impaciência. Ao confessar-nos,
é mias correto dizer: “Irritei-me e, levado pela irritação amaldiçoei alguém”
ou “Irritei-me e fui irreverente com o nome de Deus”, do que simplesmente
confessar-nos de ter amaldiçoado ou blasfemado.
Além dos exemplos mencionados, há certamente outras maneiras
de amaldiçoar. Cada vez que desejo mal a alguém, sou culpado de ter
amaldiçoado. “Morra e deixe-me em paz”, “Oxalá você quebre a cabeça!”, “Que vão
para o diabo que os carregue, ele e todos os seus”. Nestas ou em outras frases
parecidas (geralmente proferidas sem deliberação), falta-se contra a caridade e
a honra de Deus.
O princípio geral é que, se o mal que desejarmos é grave, e
o desejarmos a sério, o pecado é mortal. Se desejarmos um mal pequeno
(“Gostaria que lhe amassem o carro e lhe dessem uma lição”), o pecado será
venial. E, como já se disse, um mal grave desejado a alguém é apenas pecado
venial quando falta premeditação.
Assim, do ponto de vista positivo, devemos honrar o nome de
Deus sempre que tenhamos que fazer um juramento necessário. Nestas condições,
um juramento é um ato de culto agradável a Deus e meritório. E o mesmo ocorre
com os votos; a pessoa que se obriga com um voto prudente, sob pena de pecado,
a fazer algo grato a Deus, faz um ato de culto divino, um ato da virtude da
religião. E cada ato derivado desse voto é também um ato de religião. (Fonte: Retirado
do livro: “A Fé Explicada”. Leo J. Trese. Ed. – Quadrante. Via: cleofas.com.br)



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