Mais do que um grande Pastor da nossa Igreja, mais do que um
grande pregador que edificou a fé de muitos, Dom Henrique Soares da Costa foi
um grande amigo. Eu o conheci ainda como padre nos seus escritos pelo seu blog
“Padre Henrique”, onde eu pude constatar a sua grandeza, a profundidade de suas
colocações, a coragem com que abordava a verdadeira fé, sem medo e sem esconder
a verdade de Cristo.
Dom Henrique soube viver bem o que disse Santo Agostinho:
“Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se anule a verdade em nome da
caridade”.
Todos os anos ele ia a Aparecida para a reunião anual dos
Bispos da CNBB; então, eu o convidava para vir participar do nosso Programa
“Escola da Fé” na TV Canção Nova, o que ele sempre aceitou com gosto, e tinha
sempre uma participação marcante que tocava a muitos. Recebi muitas mensagens
de elogios a ele.
Antes de irmos para o Programa, sempre jantávamos em minha
casa e tínhamos boas e frutuosas conversas sobre a Igreja, o Brasil e a sua
luta em Palmares, etc.. E eu sempre aproveitava para gravar vídeos com ele aqui
na minha casa, sobre diversos assuntos, e os colocava no site da Cléofas.
Infelizmente, neste ano não houve a Reunião dos Bispos aqui
em Aparecida, então ficamos sem a presença dele.
Um dia ele deu-me uma alegria muito grande: telefonou-me
para dizer que tinha escrito um livro, “Escatologia, o Fim do mundo”, e
que gostaria de publicar pela Editora Cléofas, por ser ela uma Editora
católica. Fiquei muito feliz e publicamos seu livro. Depois publicamos mais
dois: “A
caminho da Terra Prometida – um percurso espiritual com o livro do Êxodo” e
“A
liberdade para a qual Cristo nos libertou”.
Quando soubemos da sua enfermidade, rezamos por ele,
especialmente às 15 horas, no Terço da Misericórdia, pelas nossas redes
sociais. Mas Deus, em Sua sabedoria que nos ultrapassa, colheu esta flor
bendita no jardim da Sua Igreja. Deus seja louvado! Sabemos que “na morte a
vida não é tirada, mas transformada”. Em uma de suas palavras sobre a morte,
Dom Henrique disse:
“Nascemos para Deus, para ir crescendo na fé e no amor a
Deus, até que na morte possamos nos abrir e desabrochar para a vida que é
eterna, a vida de sempre, para a vida da eternidade, para a vida que não se
acabará”.
Quando estou diante da morte de um grande amigo e um grande
homem como Dom Henrique, me lembro de duas palavras que me consolam. Uma é de
Santa Teresinha que dizia: “Não morro, entro na vida”. E outra de São Domingos
de Gusmão, fundador da Congregação dos Dominicanos. Na hora da morte dizia a
seus irmãos: “Não chorem, na eternidade eu lhes serei mais útil do que eu fui
aqui na terra”.
Temos fé, então, de que Dom Henrique, apesar de ter sido tão
importante para tantos aqui neste mundo, na eternidade, sem dúvida, ajudará
mais ainda a Santa Igreja e a cada um de nós.
Caro Dom Henrique, Pastor e amigo, descanse em paz na
comunhão com a Santíssima Trindade, saciado da glória divina, a quem o senhor
serviu sem restrições e sem exigências, e ai junto de Deus interceda por nós
sem cessar. (Fonte: cleofas.com.br)
Prof. Felipe Aquino
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