(Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado) |
O Senado aprovou nessa terça-feira (23), em primeiro turno,
a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que adia as eleições municipais de 4
de outubro para 15 de novembro. O placar final da votação foi de 67 votos a 8,
com duas abstenções. Eram necessários ao menos 49 votos favoráveis para aprovar
o texto. Ainda falta o segundo turno e a votação de destaques – trechos
analisados separadamente.
O relator da matéria, Weverton (PDT-MA), também adiou por 40
dias – mesmo tempo do pleito – todos os prazos relacionados às eleições. Prazos
que já venceram, entretanto, não serão alterados.
O adiamento das eleições é discutido por causa da pandemia
do novo coronavírus (Covid-19). Há o temor de que aglomerações causadas pelo
processo eleitoral, na campanha e na votação, facilitem a disseminação da
doença. Depois de finalizada a análise dos senadores, o texto segue para a
Câmara dos Deputados.
O adiamento terá mais dificuldade para avançar entre
deputados que entre senadores. Quando ficou claro que prorrogar mandatos era
uma hipótese fora de cogitação, prefeitos que tentarão se reeleger passaram a
fazer forte pressão sobre a Câmara para derrubar o projeto.
A ideia é que o primeiro turno passe de 4 de outubro para 15
de novembro e que o segundo mude de 25 de outubro para 29 de novembro. Assim,
seria possível manter a posse dos eleitos em 1º de janeiro. Como os atuais
prefeitos têm as máquinas municipais na mão e são, em geral, mais conhecidos
que os potenciais adversários, levam vantagem se o pleito for realizado o mais
cedo possível. (Fonte: Poder360, via: www.carlosbritto.com)
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