Maria é nosso mais belo e
encantador modelo. No divino Salvador, desejo e ação eram uma só e mesma coisa;
por isso, em sentido próprio, ele não pode ser nosso modelo. Mas nela o desejo
– e seu desejo era Jesus (o Messias) – tornou-se perfeita ação: “Bendito é o
fruto de vosso ventre, Jesus” (Lc1,42). Seus anelos atraíram à terra o Salvador
e fizeram-no encarnar-se em seu seio virginal. Na ordem natural todas as
diversas tensões buscam o perfeito equilíbrio; o mesmo acontece no domínio
sobrenatural. Tudo tende para a polarização, tudo está em movimento.
A suprema majestade divina é
atraída especialmente pela mais profunda pequenez. “Grandes coisas fez em o
Onipotente; lançou um olhar de benevolência sobre a sua humilde serva” (lc
1,49-49). Quando o homem se eleva em seu orgulho, querendo ser como Deus (Gn
3,5), pela mesma lei é repelido por Deus: Derruba do trono os poderosos (Lc
1,52).
Maria foi a humilde serva do
Senhor e assim permaneceu. Estava para com Deus em total disponibilidade.
Jamais tomou atitude calculada em relação à vontade de Deus; não hesitava na
escolha para dizer sim ou não. Se compreendêssemos profundamente o ser de Deus,
não teríamos que investigar se é bom para nós o que Deus nos pede – seria
já atrevimento; só temos que estar prontos e agir. “Fazei tudo o que ele vos
disser” (Jo 2,5). Esta é a única atitude espiritual que convém ao homem perante
Deus, à criatura em relação a seu Criador. Neste espírito de entrega total,
Maria é para nós o mais belo ideal.
(Retirado do Livro:
Bem-aventurados os que têm fome, via: cleofas.com.br - Prof. Felipe
Aquino)
Nenhum comentário:
Postar um comentário